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26 março 2013

Diga agora, ou cale-se para sempre

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Inspiração vem quando menos se espera. Tem gente que se inspira em corações partidos. Transforma mágoas em palavras, sentimentos em vírgulas e lembranças em versos. Já por outro lado, tem gente que se inspira em lembranças. Lembranças da infância, memórias de ser criança. Sorriso de mãe, sorriso de pai. E por fim, tem gente que se inspira em qualquer coisa. Acredito que faço parte dessa "gente". Eu me inspiro nas minhas lembranças de uma infância feliz, me inspiro no meu presente sonhador, e até mesmo no meu futuro promissor. Acredito que tudo que se é questionado em ser publicado ou guardado, deve mais é ser exposto. Publicado para o mundo ou apenas para um amigo, quem sabe. Guardar tudo para si é se maltratar. É egoísmo com o mundo, não compartilhar experiências. É sofrimento desnecessário acompanhado de solidão forçada. Não sabe mostrar a alguém? Mostre ao papel. Mostre ao bloco de notas de seu computador (ou de seu celular, também é válido). Mas não deixe as palavras se acumularem. Não deixe o nó na garganta te enforcar. Não deixe que seja esquecido. E não deixe que apenas esqueça, finja que passou para depois voltar. Diga agora, nem que seja para si mesmo sussurrando em frente a um espelho... Ou espere para que seja uma oportunidade perdida de aliviar-se de si e seus problemas.

25 março 2013

Eu te amo: bem mais que apenas dizer

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As pessoas estão esquecendo o significado do eu te amo, e dizem sem ao menos sentir isso. Os sentimentos então sendo confundidos e também estão perdendo sua essência.

A maioria entrega o coração de bandeja pra alguém que acabou de conhecer, e depois não sabem por que o relacionamento só dura 1 ou 2 meses. Até podem dizer que os adolescentes são movidos pelo amor ou coisa parecida, mas mesmo assim é preciso se dar valor. 

Antes de deixar o “eu te amo” sair da sua boca, ou antes de apertar o enter; é preciso pensar que não é só quem está falando que está envolvido, também tem o ouvinte, que em muitos casos não está ciente que tais palavras não possuem um significado tão grande para quem está falando.

Mas também não pode generalizar a situação, e antes que alguém critique, sim existem casos de amor a primeira vista, que após um olhar já sabem que o que sentem um pelo outro é intenso. Eu acredito nisso. 

Resumindo, o que eu quero dizer é, guarde palavras importantes para quem realmente merece.

22 março 2013

Dica de Leitura: A Lista Negra, de Jennifer Brown

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A Lista Negra conta a história de Val e Nick. Eles se conhecem no 1° ano do ensino médio. Ambos tem problemas com seus pais; Valerie convive com pais ausentes que apenas criticam seu jeito e suas roupas. Nick tem uma mãe divorciada que vive em bares em busca de novos namorados.

Eles sofrem bullyng no colégio Garvin, onde estudam. Eles tem que aguentar apelidos maldosos que os alunos populares lhe dão, então Nick e Val se aproximam, e acabam se apaixonando, e resolvem fazer uma "lista negra", onde podem desabafar sua raiva e tristeza, criando um lugar de fuga. Mas nick leva a lista com outros olhos. 

No dia 2 de maio de 2008, ele leva uma arma de fogo para a escola e começa a atirar em todas as pessoas que estavam na lista. Val é atingida quando tenta salvar uma garota, que ela mesma tinha escrito na lista, e após isso Nick se mata. Após isso Jennifer Brown (escritora da "lista negra"), vai narrando os dias de Valerie.

Esse livro simplesmente mexe com todos os seus sentimentos, em um momento você fica angustiada, outro com raiva mas a maior parte é a tristeza que prevalece. Conforme Valerie (personagem principal), vai narrando a história, o desejo que nós leitores temos, é de mudar aquele destino tão cruel e tentar impedir todo o sofrimento dela. A autora Jennifer Brown conseguiu colocar no papel tudo o que Valerie sentia, e isso foi o que eu mais gostei. Como ela descreve o comportamento dos amigos, dos professores, dos pais, enfim, todos que participavam da vida dela. Em um momento do livro pensei até que Valerie poderia ser culpada pelos feridos e mortos do dia 2 de maio de 2008 (dia do atentado), mas conforme a narrativa, fica claro que ela é apenas mais uma vítima. Com certeza vale a pena ler, e se emocionar com a história de Valerie Leftman. 

Eu dou 5 estrelinhas para esse livro, depois que se começa a ler é difícil parar antes da última página.


Quem gostou e quer garantir o seu, pode adquirir no site da Livraria Saraiva, ou na livraria de sua preferência.

Talvez Cinderela

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Ela era sonhadora, voava alto em seus pensamentos, quase sempre alcançando as nuvens. Seu sonho era um romance digno de filme. Um sapatinho de cristal deixado e encontrado por seu príncipe, como em um conto de fadas. Cabeça nas alturas mantendo os pés no chão. Ela não o conhecia, nem sabia seu nome. Nunca havia o visto, mas já o tinha em mente. Sua regra era simples, teria de ser um príncipe encantado, ou não seria o cara certo. Ele era como um príncipe e tinha milhares de encantos. Apenas um pequeno problema, eles ainda não se conheciam.

Era uma sexta-feira e todos estavam combinando a programação daquele final de semana. Ela não tinha nada para fazer então que tal mais uma tentativa de encontrá-lo naquela noite? Seria uma boa. Telefone na mão, mensagem enviada. Amiga recrutada, destino definido: Shopping. Nada mais comum para adolescentes paulistanas em uma noite de sexta-feira. O filme que assistiriam no cinema seria decidido quando fossem a bilheteria, mas qualquer romance a agradaria. Vestiu uma roupa rapidamente, uma legging de estampa floral em um tecido que permitisse tranquila e confortavelmente muitas voltas em todos os corredores do shopping, com um suéter cinza de lã. Suas botas preferidas nos pés. Pegou a primeira bolsa que viu, olhou para a tela do celular - a esperança de algum sinal divino vindo de seu admirador totalmente desconhecido e não existente era interminável - e frustrou-se mais uma vez ao não encontrar nada. Colocou sua carteira, fones de ouvido, necéssaire e outras pequenas utilidades dentro da bolsa. Saiu apressada, já passavam das 19h30. Encontrou-se com sua companhia para que aquela não fosse uma noite solitária. Não houve muita diferença, quietas permaneceram durante todo o tempo juntas, apenas observando, simples olhares e palavras compartilhados apenas para que o tempo tentasse passar mais rápido. Se distanciaram, e resolveram que enquanto uma comprava um café, outra iria a livraria. Lugar perfeito para se encontrar um príncipe encantado.

Não havia lugar mais aconchegante do que aquele. Estar em meio aqueles livros era revigorante e lhe trazia a sensação de que ele poderia estar mais próximo do que se imaginava. E talvez realmente pudesse estar. Era ele, ela sentiu. Olhos castanhos, cabelo escondido em um gorro cinza, jaqueta marrom. Andar decidido e olhar curioso. Estava com um de seus livros favoritos na mão, com certeza aquilo era obra do destino. Ele fazia completamente o seu tipo, mas que príncipe mais encantado! Folheava-o com grande interesse, apreciava a capa e cada palavra ali escrita. Virou-se lentamente, talvez em busca de um vendedor para consultar o valor da obra, e acidentalmente seus olhares se encontraram. Ela estava ali, paralisada, analisando cada centímetro da possível representação de seus sonhos, como quem acabara de ver uma miragem. Virou-se novamente para a posição inicial, com certeza ele não havia sentido a mesma coisa ao vê-la. Frustrante. Mas ela não poderia desistir ali, Cinderela precisou de seu sapatinho para ter seu final feliz, ela precisava apenas de algo deixado para ser notada. Queria ela que fosse um beijo, quem sabe uma pequena conversa. Porém sua timidez era maior que isso, teria de ser qualquer objeto, com certeza ele a devolveria e eles iniciariam uma conversa. Ela o diria que aquele em suas mãos era seu livro favorito e contaria mais sobre como adora ler, ver filmes e ouvir músicas antes de dormir. Ele com toda a certeza seria tão apaixonado por livros quanto ela e eles assistiriam a muitos filmes e ouviriam músicas antes de adormecer juntos. O diálogo já se iniciava imaginariamente em seus pensamentos, e já iam muito além. Quando resolveu que deixaria o bloco de notas que carrega em sua bolsa cair próximo a ele, e dali todos os seus desejos se realizariam. 

Respirou fundo e corajosamente seguiu em sua direção. Passou próxima a ele e cuidadosamente, tentando fazer com que parecesse o mais acidental possível, jogou o pequeno bloquinho de capa amarela no chão. Continuou andando e parou para que pudesse ver a reação de seu futuro príncipe. Decepcionante. Ele não olhou para o chão, nem ouviu o barulho - que para ela foi estrondoso - do pequeno sapatinho de cristal de nossa Cinderela cair. Devolveu o livro que estava em sua mão para a estante, e se dirigiu para a saída. Ela o perdeu de vista e lá se foi seu príncipe encantado de todos os sonhos. Viver sua simples realidade. Talvez se o bloco de notas fosse notado as coisas se tornariam diferentes. Ou talvez não... Afinal, quem é que sabe? Com certeza ela não tinha essa resposta, mas uma coisa ela sabia a partir daquele momento: boas histórias só tem finais felizes verdadeiros quando não há nenhum roteiro a ser seguido.

21 março 2013

Fases da vida

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Todos merecemos um momento de felicidade, amor, dor, carinho, tristeza, angústia para podermos seguir em frente... Mas mesmo assim viver tudo isso ao extremo não faz bem para ninguém. Mesmo que seja pelo melhor motivo do mundo.
Pode ser que você queira viver aquilo cada segundo, minuto e hora, mas também pode ser algo ruim que você queira que acabe muito rápido e que aquilo não fique na sua mente, que você esqueça rápido.
Mas viver reclamando ou ficar se vangloriando não vai levar você a lugar nenhum... Porque ninguém aguenta ficar escutando sempre os mesmos assuntos, as mesmas reclamações e as mesmas felicidades... Afinal, mudar pode fazer bem para qualquer um. Porque nada em excesso faz bem.

20 março 2013

Lembranças de um passado não tão distante

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Hoje sentada na minha varanda olhando o sol se pondo enquanto o vento bagunçava o meu cabelo eu me lembrei de você. Tenho saudade de nós. Você era o único que podia me compreender, e me fazer esquecer de todos aqueles problemas que me atormentavam. Ao seu lado eu me sentia mais forte para enfrentar o mundo e sei que você também se sentia assim, eu podia ver no seu olhar. Mas o destino não foi muito bom com a gente, nos separou, ou na verdade foi só você mesmo querendo "curtir" mais a vida, explorar o mundo sem mim. Admito que no começo me sentia como se alguém houvesse arrancado uma parte de mim, e me esforcei muito para me levantar do empurrão que você me deu, depois de um tempo eu consegui. E em dias como hoje, com o céu que poderia servir de inspiração para uma bela pintura, me lembro das nossas tardes de conversas intermináveis e dos seus beijos, mas não com saudade e sim feliz por saber que vivi um amor dos sonhos, e mais feliz ainda por saber que foi com você.

19 março 2013

Música: Nando Reis

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Atualmente a música nacional não tem tanta “importância” para grande parte da nossa geração. Muitos dos adolescentes preferem músicas internacionais, mas se você não gosta porque acha que música nacional é só  funk ou samba, não precisa se preocupar porque o Brasil não é só isso não!

A dica de hoje é o cantor paulista Nando Reis que tem músicas mais românticas, um pop/rock bem gostoso de ouvir. Ele é ex-baixista da banda de rock Titãs, e hoje segue em carreira solo, acompanhado pela banda Os Infernais.

Seu último álbum foi lançado no ano passado, e a faixa “Sei” (que também é o nome do álbum) fez parte da trilha sonora da novela “Lado a Lado”, a música é bem conhecida mas pra quem nunca ouviu, é só dar o play e conferir:


Combinação perfeita, ritmo gostoso e letra bonitinha. Outra das minhas favoritas, também nesses critérios (ritmo e letra) é “Pra você guardei o amor”, com participação da Ana Canas. 


A última que deixo aqui pra quem quer mais um pouquinho, é “All Star”, que faz parte do álbum “Para quando o arco-íris encontrar o pote de ouro” de 2000.


Espero que quem ainda não conhecia tenha gostado e quem já, tenha gostado de ouvir de novo. Se você curtiu e quer conhecer mais um pouco, é só clicar aqui e conferir outras letras, álbuns e músicas. Até o próximo post! (:

18 março 2013

Desabafo: Futilidade padronizada

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"Eu, feia, pra vocês!"... Lá vem uma das frases mais irritantes da humanidade, acompanhada de uma foto de perfil de alguém. Ou no espelho, com uma pose já conhecida por todos nós. Empina a bunda, se contorce toda pra tentar fazer com que "tenha peito", e dá um sorrisinho (língua pra fora, ou biquinho, também são válidos!). Smartphone na mão. Pra piorar a situação, vem aquele cara que todo mundo sabe que não presta, e comenta "Linda!" seguido por alguma das amigas dizendo "Muito linda amiga!!!" - claro que tudo isso, do modo mais errado possível, tadinho do nosso português. Missão completa: Ego saciado. Futilidade intacta. Imagem de inutilidade sendo apresentada mais uma vez na sua linha do tempo.

Eu não contei nenhuma novidade, tenho quase certeza de que há alguém assim no seu facebook (twitter, instagram e afins também), provavelmente mais de uma pessoa. Não sou a favor de julgar ninguém por aparência e tudo mais, ninguém é a favor disso. Mas acredito que chegamos em um ponto, onde essas pessoas "padronizadas" são apresentadas em uma quantidade tão grande, que as tornam previsíveis demais. Você sabe que no fim de semana, elas estarão postando fotos das festinhas e matinês em que foram, ou estarão reclamando do quanto é chato ficar em casa em um sábado a noite. Em seguida, se prepare, imagens que dizem o quanto elas sofrem por amor serão compartilhadas freneticamente, acompanhadas de outras coisas comuns em pessoas desse "tipo" - como publicações xingando carinhosamente algum garoto (ou amiga) que se envolva nesse meio, exemplo: "ai como esse fulano de tal é bobo, me ama demais!!!!!! - fulano de tal foi marcado nessa publicação."

Não há muito o que fazer, tem gente que não dá bola. Eu muitas vezes, ignoro. Mas confesso que ver essas publicações, fotos e idiotices no meio da minha linha do tempo me irrita. Sei que meu perfil não é repleto de utilidades e cultura, mas sei que também não estou contribuindo para que esse ciclo vicioso da idiotice seja contínuo e intérmino. A solução? Desconheço. Mas espero que o tempo seja bom para essas pessoas, assim como foi comigo (porque todo mundo tem suas fases, por mais diferentes que sejam) e que elas amadureçam, aprendam a se portar em meio a redes sociais e fora delas também. Apenas torcendo, por um mundo de menos vestidos de malha (aqueles franzidinhos) muito mais curtos do que deveriam ser, na minha linha do tempo.

12 março 2013

A verdade sobre relacionamentos nas redes sociais

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Imagem encontrada em http://favim.com/image/652934/

As pessoas tem o péssimo hábito de viverem de aparências. De sempre quererem mostrar o quanto elas estão plenamente felizes, e o quanto a vida delas é perfeita. Desculpa, mas nada é perfeito, e namorar é uma dessas coisas. Vocês se amam? Sim? Lindo, parabéns, mas até quando dura esse “amor infinito” que existe entre vocês? Até você perceber que aquela pessoa não é a perfeição que você tanto descreve no seu twitter e/ou facebook? Aliás, nada que tem nas suas redes sociais é real, e você sabe disso. Todas aquelas fotos, frases prontas, músicas, etc, tudo aquilo não passa de uma mera ilusão sua, e de todos os outros trouxas que acreditam que vocês passam 24h de puro amor e felicidade, que vocês se xingam, se batem, mas se amam e toda aquela idiotice. 

Não estou criticando o namoro de ninguém, só estou criticando a forma como esse amor é demonstrado. Em um relacionamento, existem apenas duas pessoas envolvidas, você e seu(sua) namorado(a) (falei namorado(a), e não noivo(a) e afins, porque essa atitude é exclusivamente de adolescentes, que acabaram de entrar em um “relacionamento sério“), e não precisa de mais ninguém envolvido nessa relação, ninguém mais precisa (e nem quer) saber a comida que vocês fizeram juntos, ou quantos dias seguidos ele/ela tem ido na sua casa, ou o quanto seus sogros amam você. 

Tudo bem, quer divulgar algo que realmente tenha importância, divulgue, mas minimalize seu sentimentalismo, abra o seu coração só para a pessoa que você diz ser o “amor da sua vida“, mas faça isso pessoalmente, e por favor, guarde esse momento apenas na memória, não filme, não fotografe, não tuíte e nem compartilhe nada sobre isso.